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Alunos de outras escolas fazem homenagens às vítimas de ataque

09/04/2011 às 16:41 em Sem categoria

Muitas pessoas foram prestar solidariedade às vítimas neste sábado, Em frente à escola, foram colocados cartazes e flores.

Tahiane Stochero Do G1 RJ
Cartazes feitas por crianças de outras escolas (Foto: Tahiane Stochero/G1)Crianças de outras escolas levaram cartazes para homenagear vítimas (Foto: 
Tahiane Stochero/G1)
Estudantes de outras escolas e moradores do Rio de Janeiro, sensibilizados com a tragédia em Realengo, foram até a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã deste sábado (9), fazer homenagens às 12 crianças assassinadas.

Dezenas de cartazes foram colocados em frente ao prédio por alunos da Escola Municipal Professora Sílvia de Araújo Toledo e da Escola Municipal Átila Nunes.

Dois alunos da Átila Nunes, de 12 e 13 anos, estavam em frente aos portões da escola, lendo as homenagens.

“Todo mundo na escola está falando sobre isso, ficamos triste, mas nem por isso estamos com medo. Na minha escola tem um posto da polícia na frente”, disse um garoto de 12 anos. “Me sinto seguro”.

O serventuário de Justiça Marcelo Henrique Leite veio da Ilha do Governador nesta manhã para visitar a escola com a mulher e os três filhos, de 7, 5 e 2 anos. Ele disse que as crianças queriam prestar solidariedade às vítimas do ataque. Um dos fihos de Leite, de 7 anos, fez um desenho em um cartaz amarelo em que pede paz e amor e colocou junto com flores vermelhas junto ao muro da escola, onde já há centenas de cartazes, flores e balões com homenagens.

“É muito triste o que aconteceu. Eu pensei logo nos meus filhos, que são pequenos. Ficamos chocados e queremos demonstrar o que sentimos”, afirmou Marcelo.
Cartazes em homenagem às vítimas (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Mutirão de assistência social

Mais de 300 agentes comunitários, enfermeiros, médicos e assistentes sociais fazem, neste fim de semana, visitas às famílias dos 1.172 alunos da Escola Municial Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, para prestar apoio psicológico. O mutirão começou às 10h deste sábado no Posto de Saúde Olímpia Esteves, em Realengo.

De acordo com o subsecretário de saúde, Daniel Soranz, o trabalho com as crianças terá duração inicial prevista de 6 meses e o acompanhamento neste período buscará identificar possíveis necessidades de tratamento individualizado. Enquanto as aulas na escola não recomeçam, haverá atividades para os alunos no posto de saúde Olímpia Esteves, segundo Soranz.

12ª vítima é cremada neste sábado (9)
A menina Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos, vítima do ataque a escola em Realengo, foi cremada no cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio, na manhã deste sábado (9), sob forte emoção da família, que durante toda a madrugada velou o corpo da adolescente. Ela foi a única crianca cremada das 12 mortas no massacre.

Por volta das 8h, a família deu as mãos em volta do caixão e rezou o Pai Nosso. Cerca de 15 parentes, todos vestidos com uma camiseta em homenagem à menina, oraram e cantaram músicas religiosas.

A mãe de Ana Carolina, Ana Luiza, chorava muito a perda da filha. “Me ajuda, meu Deus, me ajuda”, dizia ela.

O corpo seguiu para o crematório do cemitério, de carro. A família seguiu de van. Em uma sala reservada, os parentes tiveram 15 minutos para o adeus à menina. Por volta das 9h, eles deixaram o local.

Corpos de 11 crianças foram enterrados na sexta-feira
Durante toda a sexta-feira (8), familiares, parentes e moradores do bairro de Realengo deram adeus a 11 das 12 crianças mortas pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira na Escola Municipal Tasso da Silveira, na Zona Oeste do Rio.

Apenas o corpo do atirador de 23 anos ainda está no Instituto Médico Legal (IML). Segundo o IML, após dez dias, o rapaz será enterrado como “corpo não reclamado”.
Igor Morais da Silva de 14 anos, foi enterrado por volta de 17h de sexta-feira no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. O irmão dele, Eduardo Morais da Silva, de 11 anos, também aluno da escola, estava desconsolado.

“O que eu mais gostava era quando meu irmão jogava bola comigo”, recorda ele.
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