BOMBA! Fundador da Telexfree é preso nos Estados Unidos
O norte-americano James Matthew Merrill, 52 anos, um dos fundadores da Telexfree, foi preso nesta sexta-feira (9) no estado de Massachusetts, onde corre a investigação contra a empresa. A acusação é de conspiração para cometer fraude eletrônica. Como no Brasil, a Telexfree é investigada nos States por prática de pirâmide financeira.
A Justiça de lá também expediu mandado de prisão contra o sócio de Merrill, o brasileiro Carlos Wanzeler, 45 anos. Como ele ainda não foi encontrado, está sendo considerado foragido. Se forem condenados, Merrill e Wanzeler podem pegar até 20 anos de prisão.
A prisão de James Merrill foi divulgada inicialmente pelo jornal local “The Boston Globe” (confira aqui). O Departamento de Justiça do Estado de Massachusetts depois enviou um comunicado confirmando a prisão. Segundo a Justiça norte-americana, a Telexfree teria conseguido levantar cerca de US$ 1 bilhão em todo o mundo. Pelo menos um milhão de pessoas no Brasil aderiram à companhia, que se apresenta como uma empresa de marketing multinível para venda de pacotes de telefonia.
No mês passado, a Securities and Exchange Comission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana) determinou o congelamento dos bens do grupo Telexfree, de seus sócios e de três grandes divulgadores. Em 14 de abril, a direção da empresa anunciou que tinha dado entrada em um pedido de concordata (equivalente a uma recuperação judicial), com o objetivo de reestruturar seus negócios.
Em 9 de janeiro, a Telexfree internacional tinha anunciado, com pompa e circunstância, o patrocínio ao Botafogo. James Merrill veio ao Brasil para o anúncio e aparece na foto com a camisa do clube carioca.
No Brasil, a Telexfree também é investigada por suspeita de prática de pirâmide financeira e, em fevereiro passado, teve o pedido de recuperação judicial negado. As atividades e as contas da Ympactus Comercial, braço brasileiro da Telexfree, foram bloqueadas a pedido do Ministério Público do Acre em junho do ano passado.
No final do mês passado, a empresa foi multada em R$ 5,59 milhões pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), do Ministério da Justiça. Segundo o ministério, a empresa desrespeitou o Código de Defesa do Consumidor, “omitiu informações sobre os serviços, prometeu lucros rápidos e fáceis, e induziu o consumidor em erro”.
Com informações do Boston Globe e do IG