Homenagens marcam encerramento da 4ª Reunião do Fórum Fundiário do MATOPIBA, no Tocantins

Entrega da Medalha dos 30 Anos do TJTO ao des. Marcelo Carvalho Silva, representado pela juíza Diva Maria de Barros Mendes (Fotos: TJTO)
Encerrou na noite da última sexta-feira (22), na Escola da Magistratura do Tocantis (ESMAT), a 4ª Reunião do Fórum Fundiário dos Corregedores Gerais da Região MATOPIBA, reunindo autoridades e representantes dos estados do Maranhão, Tocantis, Piauí e Bahia. Os participantes assinaram a Carta de Palmas, contendo os compromissos assumidos, que visam a reafirmar políticas de Governança Responsável da Terra. Clique aqui para ler a íntegra da Carta de Palmas.
Magistrados participantes da reunião foram agraciados com o Medalhão dos 30 anos do Poder Judiciário do Tocantins. A homenagem foi entregue pelo presidente do TJTO, desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, para o corregedor-geral da Justiça do Piauí e presidente do Fórum Fundiário dos Corregedores-Gerais da Justiça do Matopiba, desembargador Hilo de Almeida Souza, para o corregedor das comarcas do interior da Bahia, desembargador Emílio Salomão Pinto Resedá e para a juíza diretora do Fórum de São Luís, Diva Maria de Barros Mendes, representando o desembargador Marcelo Carvalho Silva.
A Carta de Palmas reafirmou o compromisso de dar segurança jurídica aos pequenos, médios e grandes produtores, facilitar o acesso à justiça, diminuir os conflitos fundiários e garantir os direitos das comunidades tradicionais, de modo a propiciar a convivência harmônica entre todos e, com isso, realizar o verdadeiro papel da justiça, que é promover a paz social.
Na tarde da sexta-feira (22), a programação da Reunião contou com a apresentação do representante do Banco Mundial, Richard Torsiano, que apresentou o painel “Os novos rumos da Regularização Fundiária no Brasil”. “Quando tratamos da questão fundiária, estamos falando de conflito de terra com a expansão do agronegócio, e uma informalidade da ocupação que gera violência, morte e pobreza. As políticas discutidas nessa reunião são reparadores de mal histórico no nosso país”, explicou.
Para o representante especialista no tema, “não é só entregar título, é uma necessidade de estruturar o Estado no processo de governança do seu território, com um sistema de adequação de terras eficiente. O Poder Judiciário precisa ter sensibilidade para conciliar o direito individual ao direito coletivo. Construir soluções para demarcações de territórios com diálogo, junto ao governo”, especificou Torsiano.
Já Manoel de Sousa Dourado, juiz auxiliar da CGJ/PI, que debateu sobre as “Ações da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Piauí para Facilitação da Regularização Urbana nos Municípios do Estado”, abordou a importância do trabalho realizado pelo Fórum Fundiário dos Corregedores Gerais da Justiça do Matopiba.
“O Matopiba veio para ficar. Nossa atividade é constante, nós somos juízes, corregedores, desembargadores 24 horas por dia. É a nossa missão, nós servimos, fazendo o melhor possível com o que podemos contribuir. A regularização fundiária leva em conta a preservação ambiental, proporciona segurança, acesso a direitos, mas acima de tudo estamos falando de cidadania, da dignidade da pessoa”, apontou o magistrado piauiense.
No encerramento do evento, ainda foram discutidos “Conceito, Modalidade, Implicações Legais e sua Importância para a Fomentação do Desenvolvimento Econômico”, pelo delegatório Hervison Barbosa Soares e o “Projeto Passando a Limpo: reescrevendo a história dos registros imobiliários em São José Ribamar”, pela juíza Ticiany Palácio, do Judiciário do Maranhão.
Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça – Com informações do TJTO