Publicidade
Página Inicial

Juiz do Maranhão participa de curso sobre segurança de autoridades judiciais

02/06/2014 às 20:21 em Justiça

JustiçaA escola judicial maranhense oportunizou a participação do juiz Pedro Henrique Holanda Pascoal – que há cerca de três anos sofreu atentado na comarca de Tuntum – em treinamento inédito no âmbito do Judiciário, destinado a proteção de magistrados. Realizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), em parceria com o Exército Brasileiro, outros 31 juízes dos Tribunais de Justiça brasileiros participaram do curso, que dentre outros assuntos relacionados a técnicas de segurança, contou com aulas práticas de direção defensiva e evasiva, no Kartódromo Ayrton Senna, localizado no Guará,  região administrativa do Distrito Federal (DF).

A direção defensiva orienta o motorista a se preocupar com a sua pilotagem e com a dos outros, prevendo o que pode acontecer e como agir em situações de risco. Já na direção evasiva, os juízes e desembargadores aprenderam técnicas, como manobras rápidas para sair de ambientes de confinamento.

O juiz do Espírito Santo (ES), Carlos Eduardo Lemos, que participou de uma missão especial de combate a organizações criminosas do Estado, ligadas a grupos de extermínio, chegou a perder um colega nessa operação, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, assassinado pelos criminosos aos 32 anos. Como Carlos Eduardo também seria alvo, teve que passar a viver sob proteção. Há 13 anos, ele e sua família são escoltados em todas as suas atividades. “São muitas limitações. A vida tem que ser totalmente programada e perdemos nossa intimidade”, comenta o magistrado.

Casos como o do juiz Pedro Henrique Holanda Pascoal e Carlos Eduardo Lemos, que está na carreira há 19 anos e atua na área criminal, reafirmam a necessidade de treinamentos para garantir a segurança e a proteção das autoridades judiciais. “Segurança não é luxo. É uma obrigação do Estado para que a gente possa exercer nossa função de forma austera e independente. Ninguém quer ser herói. A gente faz o que tem que se fazer. O comprometimento com a função está acima de qualquer coisa. A gente entra sabendo de alguns riscos, que devem ser minimamente reduzidos pelo Estado. Por isso, realizar esse treinamento é uma iniciativa louvável”, ressaltou Lemos.

Segundo o capitão do Exército do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, Rafael Schvengber, que coordenou as aulas práticas de direção, o resultado foi alcançado, mas é preciso dar continuidade. “A mentalidade de segurança precisa ser motivada na vida dos magistrados, precisa fazer parte da sua rotina de vida. Afinal, a imagem do magistrado representa a presença do Estado proporcionando justiça para o cidadão”, concluiu o capitão.

Para o secretário-geral da Enfam, Paulo de Tarso Tamburini, o I Curso sobre Proteção e Segurança para as Autoridades Judiciais vai representar um grande avanço para a segurança dos juízes e vem atender à grande demanda que existe por parte da magistratura. Tamburini assegurou que o treinamento será ministrado em todo o país, nos próximos dois anos.

Com informações da ENFAM

Acompanhe o Blog do Antonio Marcos também no Facebook e no Twitter.

Deixe um comentário


9 − 6 =