Famílias são obrigadas a conviver com ‘URUBUS’; Graças ao prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves
“Esse riacho antes era onde a gente pescava e os meninos costumavam banhar, mas agora, nem peixe nem nada, ninguém é louco de beber aquela água. Nós tínhamos esse poço a mais ou menos 3 anos, e ele sempre deu água boa, isso sim parecia água mineral, mas depois que colocaram esse lixão aqui, a água veio azeda e com um cheiro estranho. Paramos de beber e estamos utilizando água do vizinho”, revela a moradora Maria de Fátima, vítima do descaso de Ribamar Alves.
Na semana em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, em Santa Inês emergiram novas e graves denúncias contra o lixão criado pela prefeitura no Povoado Barradiço. As famílias que moram no local reclamam do mau cheiro e do não cumprimento da proposta de fazer do local um aterro sanitário, conforme a lei.
Maria de Fátima Sousa Costa, de 57 anos, dona de um sítio no Povoado Barradiço há 24 anos viu o que antes era considerado um bom lugar para se viver, se transformar em um “pesadelo” onde se convive com urubus, contaminação da água de poços e riachos, doenças respiratórias e a infelicidade de ver a paisagem transformada em um amontoado de lixo sem fim que aumenta cada vez que um caminhão de coleta chega ao local.
“Aqui já foi bom, mas hoje não tem nada de bom. Dos lugares que eu já morei eu sempre disse que esse era o melhor para criar os filhos, pois eu tinha isso aqui como um lugar saudável. Eu sempre pensava de terminar os meus dias nesse sítiozinho”, conta Maria de Fátima.
Na chácara com cerca de 1,5 hectare, moram Maria de Fátima, o marido e mais 4 pessoas, em uma casa de barro, coberta de palha. Apesar da simplicidade da moradia, os moradores nunca desejaram deixar o local, até a chegada do lixão.“Quando viemos morar aqui, tínhamos orgulho de dizer que era tranqüilo, perto da cidade, podíamos plantar, pescar, era uma vida que todo mundo queria ter, as vezes vinha gente e colocava preço dizendo que queria comprar, mas meu marido nunca quis vender”, relata a moradora.
Conforme contam os moradores, em 2013, quando o prefeito Ribamar Alves esteve no local com uma equipe estudando a possibilidade de criar, segundo a proposta original, um aterro sanitário, foi prometido que todas as precauções para que o meio ambiente não fosse atingido seriam tomadas, no entanto, menos de um ano depois dessa medida, vários danos e potenciais desastres ao meio ambiente já foram contabilizados.
Meio Ambiente em perigo
Antes de se chegar ao lixão municipal, a menos de 1 km, à beira da estrada uma grande montanha de lixo apodrece a céu aberto. O quadro inaceitável piora se for considerado que o local é o mesmo por onde passa um riacho. Agora de águas poluídas e tomado por sacos de lixo.
O que antes era considerado um manancial que servia para o lazer, abastecimento e alimentação dos moradores do povoado, se transformou em uma lagoa de dejetos impróprios ao ser humano e à natureza. “Esse riacho antes era onde a gente pescava e os meninos costumavam banhar, mas agora, nem peixe nem nada, ninguém é louco de beber aquela água”, relata com tristeza.
É também com tristeza que Maria de Fátima conta da impossibilidade de poder utilizar a água do poço de sua propriedade. “Nós tínhamos esse poço a mais ou menos 3 anos, e ele sempre deu água boa, isso sim parecia água mineral, mas depois que colocaram esse lixão aqui, a água veio azeda e com um cheiro estranho. Paramos de beber e estamos utilizando água do vizinho”.
Assim como a família de Maria de Fátima, outras famílias também tiveram seus poços afetados, provavelmente pelo chorume, o líquido gerado a partir do processo de putrefação das matérias orgânicas encontradas no local, pondo em risco tanto os seres humanos, quanto os animais domésticos criados nos sítios e fazendas no entorno dos 8 hectares que acomodam o lixão.
Assim segue a gestão do prefeito Ribamar Alves. Cansados de tamanho descaso milhares de moradores do município já foram as ruas pedir a cassação do gestor. Os vereadores antes subordinados ao prefeito agora começam a iniciar os trabalhos para criar uma CPI, isso após sentirem na pele o que a população sente: a total omissão de Ribamar. O administrador público é acusado de aplicar calote na Câmara deixando de repassar o valor que deveria ser enviado. O legislativo não possui se quer papel higiênico. É de lascar!
Com informações do jornal Agora Santa Inês