Brandão e Flávio Dino nunca quiseram tirar população da miséria

Uma das posturas adotadas pelos maus políticos é defender o famoso “quanto pior, melhor”. Eles não tem interesse de resolver problemas graves que assolam a nação, como por exemplo, a fome que atinge atualmente 19,1 milhões de brasileiros e mata 17 pessoas por dia, vítimas de desnutrição.
Para o eleitor não esclarecido, um prato de comida oferecido pelo governo pelo valor simbólico de R$ 2,00 é motivo suficiente para este se sentir devedor do “mau gestor”, que utiliza o “modus operandi” para auferir vantagens.
Quando o governador e candidato a reeleição, Carlos Brandão, diz em sua propaganda eleitoral que se for reeleito vai levar o “famigerado” restaurante popular para todas as 217 cidades do estado, ele deixa claro que a miséria (fome) vai continuar. Não seria mais interessante (importante) o governo investir na educação (formação/qualificação) e na geração de emprego e renda para que o cidadão, em especial aquele que vive abaixo da linha da pobreza não precisasse continuar “mendigando” um mísero prato de comida?
O eleitor que tem um pouco de conhecimento sabe que trata-se de uma prática milenar, que ficou conhecida como a famosa política de “Pão e Circo”.
Sobre política de pão e circo?
A política do Pão e circo, como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 depois de cristo) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
Com a sua gradual expansão, o Império Romano tornou-se um estado rico, cosmopolita, e sua capital, Roma, tornou-se o centro de praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e culturais na época de seu auge. Isso fez naturalmente com que a cidade se expandisse, com gente vindo das mais diferentes regiões em busca de uma vida melhor. Como acontece até hoje em qualquer parte do mundo, pessoas humildes e de poucas condições financeiras iam se acotovelando nas periferias de Roma, em habitações com conforto mínimo, espaço reduzido, de pouco ou nenhum saneamento básico, e que eram exploradas em empregos de muito trabalho braçal e pouco retorno financeiro.
Esses ingredientes, em qualquer sociedade são perfeitos para detonarem revoltas sociais de grandes dimensões. Para evitar isso, os imperadores optaram por uma solução paliativa, que envolvia a distribuição de cereais, e a promoção de vários eventos para entreter e distrair o povo dos problemas mais sérios na fundação da sociedade Romana.