Chefe da Polícia Civil diz que ex-aluno não tinha antecedentes criminais
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– A Divisão de Homicídios está à frente da investigação. No momento, está sendo feita a perícia no colégio, que está interditado. O autor (dos disparos) não tem antecedentes criminais – disse Martha Rocha.
Os agentes da Divisão de Homicídios estão analisando imagens do circuito interno do colégio. O objetivo é traçar a dinâmica do ataque de Wellington. Durante o crime, ele colocou munição no revólver pelo menos duas vezes.
Agentes estão também na Rua Jequitinhonha, em Realengo, onde Welligton morou antes de se mudar para Sepetiba. Eles estão conversando com vizinhos em busca de informações sobre o caso.
A delegada Martha Rocha contou que o assassino entrou no colégio porque a unidade comemorava 40 anos. Wellington alegou que faria uma palestra para os alunos.
– Ele foi à primeira sala, fez os disparos, e depois entrou numa segunda sala, onde efetuou mais disparos. Daí para frente está sendo investigado.
O sargento Marcos Alexandre Alves, primeiro a chegar na unidade, e que atuava numa blitz do Detro nas proximidades, se deparou com o assasino no corredor do segundo andar, quando ele saía de uma das salas. Wellington apontou a arma para o policial, que acabou atirando e atingindo o assassino. De acordo com o sargento da PM, o atirador, então, caiu no momento que subia a escada para o terceiro andar. Em seguida, ele deu um tiro na cabeça.
Segundo o subprefeito da Zona Oeste, Edmar Peixoto, o atirador deixou uma carta de cunho religioso e teor muito confuso, em que afirmava ser portador do vírus HIV. A correspondência foi entregue à Delegacia de Homicídios.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, o ex-aluno teria visitado a escola há um ano. Por isso, ela acredita que o crime desta quinta-feira teria sido planejado.
Atirador do massacre de Realengo, segundo a Globonews
O governador Sérgio Cabral chamou o atirador de psicopata e animal. Cabral disse que ainda está aguardando a investigação para saber de onde vem a experiência de Wellington com as armas. Ele entrou no colégio com duas armas e munição profissional.
A Comissão de Segurança da Câmara nomeou três deputados para acompanhar a situação na escola. Os deputados que farão acompanhamento são do Rio de Janeiro: Alessandro Molon (PT), Dr. Carlos Alberto (PMN) e Stepan Nercessian (PPS). O grupo vai recolher informações e fazer pesquisas na secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro a fim de promover uma discussão quanto à elaboração de leis de combate à violência.