Em Açailândia, Greve Geral é marcada por protestos contra deputados federais que “traíram” os trabalhadores
“Canalhas traidores, o povo não se esquecerá da covardia que fizeram com a classe trabalhadora”.
Em Açailândia, centenas de pessoas foram as ruas em adesão a Greve Geral que aconteceu nesta sexta-feira (28) em todo Brasil contra as reformas da presidência, sobre tudo contra o projeto que permite a realização de terceirizações em todas as atividades de uma empresa.
Durante toda a manifestação os manifestantes gritavam: “Canalhas traidores, o povo Maranhense não se esquecerá da covardia que fizeram com a classe trabalhadora”.
O projeto foi aprovado pela Câmara Federal. Foram 324 votos a favor do texto, 137 contra e 2 abstenções. Da bancada Maranhense, votaram contra os trabalhadores, os deputados federais: Waldir Maranhão (PP); José Reinaldo Tavares (PSB); Júnior Marreca (PEN); Victor Mendes (PSD); Juscelino Filho (DEM); Cléber Verde (PRB); Pedro Fernandes (PTB); André Fufuca (PP); Aluísio Mendes (PTN); João Marcelo (PMDB); Alberto Filho (PMDB) e Hildo Rocha (PMDB).
Apenas Rubens Júnior (PCdoB), Zé Carlos (PT), Eliziane Gama (PPS) e Pedro Fernandes (PTB) votaram contra o projeto “imoral”. Dois dos 18 deputados que formam a bancada maranhense não compareceram a votação.
Em nota encaminhada a redação deste noticioso, a Rede de Cidadania de Açailândia – RdC, fez um Balanço da Greve Geral em Açailândia.
Veja a Integra da Nota:
Em Açailândia, no contexto da greve geral nacional, o ato no dia 28 de abril de 2017 contra as reformas da morte do governo federal patrocinadas pelos grandes grupos empresarias nacionais e internacionais, em especial a Reforma da Previdência, a lei de terceirização e a reforma trabalhista foi organizado e executado pelo Rede de Cidadania Açailândia RdC, composto por várias entidades da sociedade civil organizada.
Permaneceram fechadas as agências bancárias do BNB, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e várias repartições públicas municipais, estaduais e federais. Os ônibus do transporte público (que já é precário) funcionaram parcialmente. Parte da rede privada também parou.
A manifestação teve concentração na Praça da Bíblia, percurso pelas ruas Tácito de Caldas e rua Duque de Caxias, encerramento na Praça Pioneiro. Foi exitosa e muito plural, participativa. Contou com próximo de 2.000 pessoas no auge. Reuniu em torno de 37 entidades. Começou as 7h e encerrou em torno de 12h. No Percurso, para a segurança dos participantes e diálogo com os que transitam nas vias, foram fechadas de forma alternadas, em torno de 1h, as Br 010 e Br 222, com panfletagem para todos/as os/as motoristas que apoiaram o ato. Muitas falas das entidades, palavras de ordem, rodas de capoeira e batidas de tambor marcaram a manifestação.
Na conclusão do ato, destaque para a participação de fala de magistrado trabalhista esclarecendo sobre os pontos da Reforma trabalhista que mais afeta a classe trabalhadora. Vários segmentos foram representados: assentamentos rurais, professores, muitos estudantes, trabalhadores de várias categorias, bancários, urbanitários, professores da rede pública e privada, transportes, auto escolas, metalúrgicos, comerciários, feirantes, aposentados/as, autônomos, construção civil, da imprensa alternativa, movimentos populares e culturais, mulheres, Pessoas com Deficiências, igrejas, outros.
As várias entidades se manifestaram e, com palavras de ordem, os 12 deputados federais maranhenses que votaram na Reforma Trabalhista (bem como os que votaram no PL 4302 lei das terceirizações), foram denunciados como traidores da classe trabalhadora.
As mobilizações das entidades continuam contra a votação das reformas sem discussão com a classe trabalhadora. Reivindicamos que o PL 4302 seja declarado inconstitucional no Supremo Tribunal Federal, que a PEC 287 (reforma da previdência) seja retirada imediatamente da pauta legislativa. A reforma trabalhista foi aprovada na Câmara dos Deputados, logo será apreciada no Senado Federal para encaminhamento da Sanção Presidencial.
A classe trabalhadora rejeita a maior dos dispositivos da CLT alterados de forma impositiva. O diálogo e a participação plural dos segmentos sociais é a mola mestra de uma Democracia e isso precisa ser retomado urgentemente. A sociedade brasileira, inclusive a classe trabalhadora, não pode ser penalizada pelo processo de corrupção que assolou o país promovido pelo grande capital, através de vários grupos empresariais, representado em todas as instâncias de poderes. Quem gerou a crise, que a pague!
O Rede de Cidadania Açailândia reafirma o seu caráter de organização social pela defesa dos direitos sociais tão duramente atacados nas várias instâncias de governo.
“Nenhum Direito a Menos!”
Açailândia – MA, 28 de abril de 2017.
Rede de Cidadania Açailândia – RdC
A coordenação