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Menina que vivia com corações artificiais passa por transplante no Incor de SP

09/04/2018 às 07:03 em Saúde

Segundo sua tia, Lorena passa bem. Criança de 1 ano deve permanecer na UTI por mais alguns meses!

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Larissa beija a testa da filha Lorena na UTI do Incor (Foto: Celso Tavares/Arquivo G1)

Depois de quase 5 meses de espera na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, a menina Lorena Torres, de 1 ano, passou por um transplante de coração, informou a assessoria do centro médico. Ao G1, a tia da menina, Vanessa Carla Farias da Silva, disse neste domingo (8) que ela passa bem.

A criança sofria de miocardiopatia dilatada, doença que limitou o funcionamento de seu coração a apenas 11% da capacidade total. O órgão estava tão frágil que foi necessário o implante de dois corações artificiais (leia mais abaixo).

A mãe da menina, Larissa Farias, recebeu o telefonema da equipe médica informando de um possível doador compatível às 5h de sábado (7). Depois de exames, constatou-se que o órgão poderia ser transplantado e a cirurgia foi marcada.

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Corações artificiais usados em Lorena são do modelo berlin heart excor (Foto: Celso Tavares/Arquivo G1)

Segundo Vanessa, a operação durou cerca de seis horas. “Minha irmã contou que demorou mais para retirar os corações artificiais. Mas quando colocaram o coração doado, já começou a bater. Foi lindo”, disse, por telefone.

A menina retornou para a UTI do Incor, onde deve permanecer mais alguns meses. No período, a equipe médica irá avaliar a aceitação do organismo ao novo órgão.

Corações Artificiais

A constatação de que Lorena sofria de alguma doença cardíaca ocorreu quando ela tinha apenas seis dias de vida, em Maceió, onde nasceu. Depois de ficar quase um mês internada na UTI de um centro médico da capital alagoana, os médicos não conseguiram fechar um diagnóstico.

Os pais foram aconselhados a ir ao Incor, um dos centros de referência em tratamentos cardíacos no país e o responsável por mais de 40% dos transplantes de coração do estado de São Paulo. “Ela estava com disfunção nos dois ventrículos, tanto o direito quanto o esquerdo”, disse o médico Luiz Fernando Caneo, cirurgião da Unidade Cirúrgica de Cardiopatias Congênitas do Incor.

A grosso modo, os ventrículos são câmaras responsáveis por movimentar o sangue no coração. O direito leva o sangue venoso, pobre em oxigênio, para as artérias pulmonares. O esquerdo leva o sangue já oxigenado para o resto do corpo.

Com o diagnóstico fechado, os médicos viram que o transplante era a única saída. Segundo Larissa, remédios foram ministrados para facilitar a circulação sanguínea, mas a situação era tão crítica que sua filha sofreu um infarto. “Foi quando o cirurgião disse que ela não ia aguentar esperar até o transplante se não ficasse em uma máquina, que é o Berlin Heart”, disse.

Do G1

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