O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), aliado da presidente Dilma Rousseff, acatou recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) que anula o impeachment na Câmara dos Deputados.

Waldir Maranhão, que votou contra o impeachment no dia 17 de abril, assumiu o posto com o afastamento de Eduardo Cunha na quinta-feira (05), pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Maranhão está lá para isto: acatar o recurso da AGU, o que já fez, e dar prosseguimento ao impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer, o que ainda deve fazer.

O desfazer do nó político e jurídico provocado por Waldir Maranhão deve, mais uma vez, caber aos tribunais – no caso, o Supremo Tribunal Federal.

A decisão de Maranhão não anula, na prática, o impeachment, que já está no Senado. A tramitação no Senado só será afetada caso o Supremo, uma vez provocado, mantenha a decisão do interino. Mas a decisão tem duas consequências importantes. A política: cria confusão e instabilidade. A jurídica: dá elementos (frágeis) para anular o impeachment no Supremo.

Veja depoimento de Waldir Maranhão à Imprensa: